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HISTERIA

 

Dirigida por Jô Soares, Histeria é uma comédia delirante causada pelo encontro do pai da psicanálise, Sigmund Freud, com o mestre do surrealismo, Salvador Dalí. Escrita em 1993, comédia teatral do autor britânico Terry Johnson ganhou direção de John Malkovich e sua montagem foi aclamada por diversos países da Europa, com grande sucesso de público e crítica.

Notícias

  

04/01/2016

 

Anote na Agenda:

 

Data e horário: De 20 de Janeiro a 26 de Fevereiro. Sextas e Sábados às 21h | Domingos às 19h

Local: Teatro Frei Caneca. Rua Frei Caneca, 569 / 7º andar

Duração: 115 minutos

Classificação: 14 anos

Ingressos:  R$ 80

Depois de assistir e se encantar com a montagem em Paris, Jô Soares traduziu o texto e dirige a versão brasileira da comédia consagrada pelo mundo.

 

Em 1938, o pintor surrealista Salvador Dalí visita o pai da psicanálise Sigmund Freud, este já padecendo de uma doença incurável e às portas da morte. Freud havia recentemente escapado da Europa nazista e estabelecera-se em Londres. Deste encontro histórico, e algo inusitado, surge a matéria prima para Histeria, comédia escrita pelo aclamado dramaturgo inglês Terry Johnson.

 

Numa das sequencias mais absurdas da trama, dilatada pelos efeitos da comédia física, Dali encontra Freud em seu consultório, onde ele, atrapalhado por uma série de situações cômicas anteriores, encontra-se segurando uma bicicleta coberta por caramujos, com uma das mãos presa dentro de uma galocha e com a cabeça enfaixada numa espécie de turbante. O mestre surrealista, fascinado pela visão, conclui: "O que Dalí vê apenas em sonhos, você vive na realidade!" Sem dúvida, um dos maiores encontros do século passado. A psicanálise e o surrealismo. A psiquê humana e o delírio imaginário.

 

O século XX presenciou, com rapidez quase assustadora, a evolução da aventura humana em suas mais diversas trilhas. Nas ciências, nas artes, nos esportes, nas guerras, nas conquistas sociais, nos seus caminhos e descaminhos.

 

Não por acaso, também foi o século que assistiu a explosão da psicanálise, a revolução sexual, o nascimento do surrealismo e a expansão das drogas alucinógenas.

 

Durante o episódio retratado na peça, as certezas de Freud são questionadas por duas outras personagens, enquanto a obra de Dali é satirizada numa visão auto parodiada dele próprio. Entre diálogos inteligentes, situações farsescas, ritmo frenético e até alucinações, surge uma das “encruzilhadas” do texto: retirar a essência do mito é minar o fundamento da fé?

 

Utilizando a linguagem do humor, onde a comunicação é privilegiada para que o público possa mergulhar em temáticas complexas e não cotidianas, o autor coloca “respiros dramatúrgicos” para que reflexões mais profundas possam ser feitas. Artimanha usada para em seguida arremessar a plateia em mais uma vertiginosa sequencia de situações hilariantes e de apelo popular. Uma grande demonstração da elaborada carpintaria teatral de Terry Johnson.

 

São também de sua autoria, uma serie de outros textos teatrais onde a alma humana e a ótica de uma determinada sociedade são colocadas em cheque, com ironia inteligente e sofisticada elaboração cômica. Dentre eles, “The Graduate” (A Primeira Noite de Um Homem), “Memory of Water” (A Memória das Aguas) e “Hitchcock Blonde” além de trabalhos como diretor, que incluem “The Libertine (O Libertino)” e “One Flew Over The Cukoo’s Nest” (Um Estranho no Ninho).

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