JACQUELINE
Sesc SP apresenta peça de ficção original e inédita, com dramaturgia livremente inspirada na trajetória artística da violoncelista britânica Jacqueline Du Pré, cujo talento genial foi abatido pela tragédia.
Notícias
21/12/2016

Anote na Agenda:
Data e horário: De 06 a 29 de Janeiro. Sexta e Sábado às 21h | Domingo às 18h
Local: Teatro Anchieta. Rua Doutor Vila Nova, 245 – Consolação
Duração: 90 minutos
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 40
Primeiro texto original do autor Rafael Gomes após o premiado Música Para Cortar Os Pulsos, e também atrelada ao universo musical, Jacqueline é uma peça-concerto que dialoga diretamente com a música erudita, em tema e forma. Inspirado na vida e no gênio artístico da violoncelista britânica Jacqueline Du Pré (1945 – 1987), o espetáculo é escrito e encenado sobre o Concerto Para Violoncelo e Orquestra do compositor Edward Elgar, obra que ficou indissociavelmente atrelada à musicista. A música, portanto, embasa, pauta e emoldura a dramaturgia, configurando uma singular linguagem cênica.
Na trama, uma genial violoncelista e sua irmã vivem uma relação intensa e profunda, quase simbiótica. Até que a música, os amores e uma irreversível tragédia se colocam entre elas, fazendo explodir rivalidades, ambições, as asperezas dos laços familiares e o choque entre talento e sobrevivência, vocação e destino.
Mais do que uma onipresente trilha sonora, o que se tem é um texto teatral construído com o rigor de uma partitura. As cenas evoluem de acordo com os quatro movimentos-chave da obra, enquanto a arquitetura interna das cenas também dialoga com as inflexões da obra de Edward Elgar e suas alternâncias de andamento, sonoridade e intensidade.
Por se tratar de um espetáculo cuja dramaturgia está intimamente ligada à música erudita, mas que ao mesmo tempo possui uma forte história como motor principal, Jacqueline é teatro para quem busca essencialmente teatro, mas é também obra pulsante para amantes da música clássica.
Rafael Gomes, jovem diretor vencedor do Prêmio Shell 2016 por Um Bonde Chamado Desejo, assina texto e direção, em mais uma parceria com a Morente Forte Produções Teatrais, e conta: “Essa peça encerra uma trilogia sobre mulheres massacradas. Não foi planejado, mas aconteceu: primeiro foi Blanche, no ‘Bonde’; depois Joana, em ‘Gota d’Água’. Personagens que, de uma forma ou de outra, agem em direção ao destino que encontram. Jacqueline, por outro lado, é aquela que sofre o desfecho mais cruel, porém totalmente alheio às suas ações e escolhas. Essa é uma peça que fala também sobre a força ao mesmo tempo provedora e destruidora da natureza”.
Jacqueline marca ainda o reencontro do diretor com a atriz Natália Lage, com quem fez Edukators (2013), escrito por ele, com direção de João Fonseca e Lage no elenco. “Jacqueline nasceu nas coxias de ‘Edukators’, a partir de um fragmento de texto com o qual eu provocava a personagem da Natália”, conta Rafael.
Completam o elenco o ator Daniel Costa, indicado ao Prêmio Shell 2015 por Urinal, o Musical, Fabricio Licursi, colaborador de longa data do diretor, e Arieta Corrêa, que retorna ao palco do Sesc Consolação depois de anos integrando o Centro de Pesquisa Teatral, do diretor Antunes Filho.
Sinopse reduzida Jacqueline
Peça-concerto que dialoga diretamente com a música erudita. Em cena, uma genial violoncelista e sua irmã vivem uma relação intensa e profunda, até que a música, os amores e uma irreversível tragédia se colocam entre elas, fazendo explodir rivalidades.
“Nunca fui um gênio na minha carreira. Eu amo tocar violoncelo, tocar para as pessoas, mas eu nunca quis fazer isso todos os dias e todas as horas da minha vida.”
“Tocar te leva para fora de si, a um lugar delirante.”
Jacqueline Du Pré